Viseu prepara-se para implantar uma rede de ciclovias e outras vias destinadas a ciclistas com um total de 66 quilómetros onde a Câmara Municipal conta investir 3,5 milhões de euros. O projeto, integrado na estratégia MUV – Mobilidade Urbana de Viseu, visa introduzir na cidade-jardim um sistema de “mobilidade suave” amigo do ambiente e do uso da bicicleta em contexto urbano.

A primeira fase do projeto terá uma extensão de 5,7 quilómetros e ligará os locais com mais movimento de pessoas no centro da cidade, incluindo uma ligação à Ecopista do Dão. Deverá ficar concluída dentro de três anos (2018) e custará 350 mil euros. A segunda fase alarga a rede ao perímetro da circunvalação e a terceira fase vai estender a ciclovia para chegar a mais seis freguesias do concelho.

Nesta primeira fase, a ciclovia será composta por pistas partilhadas entre bicicletas e peões (2,5 quilómetros), pistas exclusivas para bicicletas (1,2 quilómetros) e entre bicicletas e automóveis (2 quilómetros), neste caso com o trânsito a ter como limite de velocidade 30 km/hora.

O objetivo do projeto, cujas segundas e terceiras fases não são ainda conhecidas em pormenor, é conseguir que, num prazo de dez anos, “cinco a seis por cento da mobilidade” na cidade seja feita “através de um meio de transporte não poluente”, disse o presidente do Muncípio, Almeida Henriques.

“Viseu já é uma cidade que adopta a bicicleta no uso desportivo e turístico. Agora, vamos torná-la como meio de transporte e de mobilidade”, propõe a autarquia.

O MUV é anunciado como pretendendo uma mobilidade “mais inteligente”, “mais integrada”, “mais verde”, “mais barata” e mais bonita”. Será o “regresso às origens da mobilidade”, com modos de transporte não motorizados e não poluentes, sem ruído e não geradores de tráfego que irão evitar, segundos os cálculos da autarquia, a emissão de 5.000 toneladas de dióxido de carbono até 2025.