Equipa viu o seu ciclista ser castigado por se ter apoiado numa viatura, mas recorda que outro ciclista fez o mesmo e não acabou castigado.

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A expulsão de Hugo Sancho deixou a LA-Antarte perto de um ataque de nervos e equipa de Paredes ameaçou mesmo abandonar a 78.ª edição da Volta a Portugal em bicicleta devido à decisão do colégio de comissários relativa à 5.ª etapa.

Hugo Sancho acabou banido da presente edição depois de se ter agarrado a uma viatura, mas o diretor desportivo da equipa, Mário Rocha, apontou o dedo ao italiano Franco Pellizotti (Androni Giocattoli), que também terá feito o mesmo e não acabou castigado.

“Já falei com um dos patrocinadores e vou falar com outros dois. Por mim, vamos para casa. Se for essa a decisão, a nossa equipa é unida e vai toda para casa se esta situação não for alterada”, afirmou, em declarações à Agência Lusa.

Hugo Sancho, que havia iniciado a 5.ª etapa no 22.º lugar a 6.16 minutos do líder Rui Vinhas (W52-FC Porto), ainda foi multado em 200 francos suíços (aproximadamente 185 euros). Mário Rocha disse que Sancho confirmou o ato “em desespero, numa etapa complicada”, ressalvando que Pellizotti também terá feito o mesmo.

“É o mesmo comissário a quem chamei a atenção pelos cortes na classificação da etapa de sexta-feira e que depois foram corrigidos no sábado. Nós nem éramos os principais prejudicados, mas agora não sei como o Pellizotti, que tem influência na corrida ao endurecê-la no final, leva uma multa e 20 segundos de penalização. Teve coragem de expulsar o Hugo, mas não teve coragem de o fazer ao Pellizotti. Foi por ser italiano ou por ser o Pellizotti? É justo ou perseguição?”, atirou o dirigente da LA-Antarte.

Mario Rocha ainda recordou que obrigou o ciclista em questão a terminar a etapa, atrás dos carros da equipa, o que lhe valeu um 27.º lugar a 8.06 minutos do vencedor, o espanhol Vicente de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé).