Há poucos dias, o ciclismo recebeu a triste notícia da morte de Kelly Catlin aos 23 anos, a ciclista integrou a equipa que ganhou três títulos mundiais consecutivos, entre 2016 e 2018 (perseguição em equipa) e foi medalha de prata nos Olímpicos do Rio de Janeiro (Brasil) em 2016.
Foi confirmado pelo pai da atleta, que a causa de morte de Kelly na passada quinta-feira foi suicídio. A notícia só se tornou pública a partir de domingo, após um comunicado da Federação de Ciclismo dos Estados Unidos.
O pai da jovem, Mark Catlin, em comunicado expressou “Não passa um minuto sem que pense nela e na vida maravilhosa que poderia ter tido. Não passa um segundo em que não pensemos que preferíamos dar as nossas vidas para que ela pudesse estar aqui“. “A nossa dor é insuportável“.
Os dois acidentes de bicicleta que a atleta sofreu no ano passado podem ter contribuído em grande parte para a depressão que ela sofreu, juntamente com a carga de trabalho excessiva com que lidou, entre o ciclismo e os estudos. “Depois de sua concussão (em dezembro), ela começou a abraçar o niilismo. A vida não fazia sentido e não encontrava nenhum objetivo.“, referiu o pai da atleta.
Este evento trágico para o mundo do ciclismo novamente coloca o foco na pressão que alguns atletas de elite recebem. O número de casos de atletas de alta competição que têm sofrido depressões têm vindo a aumentar, ao mesmo tempo que o número de suicídios acompanha esta tendência.